Grêmio estuda negociar naming rights da Arena; saiba o valor embolsado por clubes com a prática no Brasil

Foto: Wesley Santos/Drone Service Brasil/Divulgação

Visando a necessidade de aumentar as receitas do clube, a nova direção do Grêmio analisa algumas possibilidades para o próximo ano. Uma delas pode ser a negociação de naming rights da Arena, algo que já está sendo discutido com a empresa responsável.

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O presidente Alberto Guerra comentou sobre a situação com a GZH, que divulgou no domingo (18). Na conversa, ele confirmou que o clube estuda a possibilidade, mas que antes de qualquer passo é necessário um processo de organização interna para que empresas passem a ter interesse no negócio. Segundo o presidente, a contratação de Márcio Ramos como novo CEO foi um movimento bem visto pelo mercado e pode ser um diferencial para o processo.

Naming Rights no Brasil

A venda de naming rights é algo muito comum no futebol e consiste num patrocínio pela nomeação de algo, normalmente de estádios. O Grêmio estuda os modelos já adotados no Brasil, como o caso do Corinthians (com Neoquímica Arena) e do Palmeiras (Allianz Parque), além da Itaipava Fonte Nova, para citar alguns. Confira os valores:

Corinthians: em contrato fechado no ano de 2020, o clube alvinegro vendeu os direitos da nomeação da Arena Corinthians para o grupo Hypera Pharma, dona da empresa de farmacêuticos Neoquímica. Além do estádio, a companhia também alterou a nomeação dos setores da arquibancada, que passaram a ser chamados por nomes de seus produtos. O acordo foi fechado pelo valor de R$300 milhões divididos em 20 anos (sujeito à índice de correção). Todo o valor da venda será utilizado para pagamento de dívida com a Caixa Econômica Federal.

Palmeiras: o clube paulista realizou um acordo um pouco diferente do seu rival, mas semelhante à situação do Grêmio. A construtora WTorre assumiu todo o custo da obra para a novo estádio palmeirense em troca de ser responsável pela administração do espaço até 2044 e foi ela quem negociou a venda dos direitos com a Allianz, que batizou a arena. Contudo, os valores e o período são os mesmos: R$300 milhões em 20 anos. Enquanto o Timão não poderá ficar com o dinheiro, o Plamieras tem direito à uma parte dos valores anuais.

Itaipava Fonte Nova: o estádio de Salvador que recebe os jogos do Bahia pertence ao governo estadual. Administrado em conjunto com consórcio, as duas partes chegaram em um acordo pela venda do nome do estádio, além de exclusividade para comercialização de bebidas no local. O valor negociado com a marca de cerveja foi de R$100 milhões divididos em 10 anos (firmado em 2013, o acordo acabará no próximo ano). Da mesma forma que o Corinthians, o Governo da Bahia não ficará com as partes do lucro pois o valor será destinado integralmente para quitar os custos da construção.