Foto: Divulgação/Fifa
No comando da Fifa desde 2015, o suiço-italiano Gianni Infantino foi reeleito nesta quinta-feira (16) para mais um mandato de quatro anos como presidente da maior entidade do mundo do futebol. Candidato único para o cargo, a sua reeleição foi confirmada no Congresso da Fifa realizado em Kigali, capital de Ruanda.
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– A todos vocês que me amam… E a todos vocês que me odeiam, eu sei que há alguns, eu amo vocês. Ser presidente da Fifa é uma tarefa incrível. Eu vou continuar servindo à Fifa, servindo ao futebol, a todos os 211 países membros da Fifa – afirmou Infantino em seu discurso de reeleição, para a plateia de dirigentes de todas as partes do mundo.
O novo mandato de Gianni se estende até o ano de 2027, quando poderá tentar sua última candidatura para o cargo de presidente da Fifa. Caso saia vitorioso novamente, o dirigente terá completado 15 anos à frente da federação.
Trajetória
Infantino cresceu na Suíça, onde foi jogador amador de futebol e se formou em Direito. O dirigente de origem italiana iniciou sua trajetória no mundo corporativo do futebol no ano de 2000, quando ingressou no gabinete jurídico-legal da Uefa (organização que rege o futebol a nível continental na Europa). Nove anos depois, assumiu o cargo de Secretário-Geral da federação onde de fato cresceu no cenário político do esporte.
Em 2016, assumiu o atual cargo de presidente com apoio da Uefa no Congresso Extraordinário da Fifa, realizado por conta dos escândalos de corrupção na entidade sob o comando de Joseph Blatter, sucessor do brasileiro João Havelange. Desde então, tornou- se figura central nas reformas legais da Fifa e foi reeleito, também como candidato único, no ano de 2019.
Sete anos de poder
A força política do dirigente se dá muito pela postura comercial que a Fifa adotou durante seu mandato. Após assumir a federação em um momento conturbado de casos de corrupção e prisão de ex-dirigentes, Infantino foi responsável pela modernização e expansão da paisagem do futebol a nível mundial. No último ciclo de Copa do Mundo (2019-2022), a entidade bateu o recorde de arrecadação com US$7,5 bilhões (quase R$40 bi). As projeções futuras são ainda mais otimistas: US$11 bilhões (quase R$60 bi) para o ciclo da Copa de 2026, levando em consideração as sedes (EUA, Canadá e México) e o novo formato da competição que abrange um número maior de seleções e, consequentemente, de jogos.
Além do mundial, o futebol feminino passou (e ainda passa) por um período de desenvolvimento significativo sob a gestão de Gianni. A Copa do Mundo Feminina, que ocorrerá neste ano na Austrália e na Nova Zelândia, será a primeira a contar com o número de 32 seleções, mesma quantidade que a da Copa masculina de 2022.