Marcelo Camargo/Agência Brasil
Diversos bancos brasileiros anunciaram a retomada da concessão de empréstimos consignados para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi tomada após o teto de juros do crédito consignado ser reposicionado em 1,97% ao mês pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS).
Esse tipo de empréstimo tem juros mais baixos que outros porque é cobrado na folha de pagamento das pessoas. Em geral, é usado por um público de renda mais baixa. A linha de crédito beneficia aposentados e pensionistas, atrelando o pagamento ao benefício social recebido.
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O Banco do Brasil, o Bradesco, o Santander e o Banco PAN já voltaram a oferecer o empréstimo consignado. O Itaú Unibanco informou que avalia a situação e a Caixa disse que aguarda a publicação da Instrução Normativa do INSS para retomar a oferta do crédito.
Todas as instituições financeiras haviam suspendido a liberação de crédito nesta modalidade após o governo federal reduzir o teto dos juros do consignado do INSS (de 2,14% para 1,70% ao mês), no dia 13 deste mês.
Em nota, a Febraban afirma que “a proposta representa um importante avanço em relação ao teto anterior de 1,70%, contribuindo para encerrar o impasse”. A entidade completa que “caberá a cada instituição financeira, diante de sua estratégia de negócio, avaliar a conveniência de concessão do consignado para os beneficiários do INSS no novo teto de juros fixado pelo CNPS”.
Teto do crédito consignado do INSS sobe para 1,97% ao mês
Os valores da taxa de juros de até 1,97% ao mês foram definidos pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), em reunião nesta terça-feira (28). Para a modalidade via cartão de crédito, a taxa máxima corresponderá a 2,89% ao mês. Elas são maiores que os limites aprovados no início do mês, de 1,7% ao mês para o crédito consignado e 2,62% ao mês para a modalidade via cartão de crédito.
A decisão coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que arbitrou o impasse entre os Ministérios da Previdência Social e da Fazenda. A primeira pasta defendia um teto de 1,87% ao mês, equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal antes da suspensão do crédito consignado para os aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia um limite de 1,99% ao mês, que permite ao Banco do Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a concessão de empréstimos.