Três mil casos de ferimentos por águas-vivas foram registrados no final de semana no Cassino

Foto: Reprodução/Internet

A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul tem feito com que os gaúchos não resistam aquela ida à praia. Porém, é justamente nesta época do ano, que todos devem ficar atentos aos perigos do mar, dentre eles os acidentes com águas-vivas. Na praia do Cassino, na região Sul do Estado, o alto número de queimaduras envolvendo estes animais tem ligado um alerta para os riscos e cuidados. 

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Somente no último final de semana, quase três mil registros de ferimentos por águas-vivas foram registrados no local. Apesar de todos os pontos do balneário estarem próprios para banho, uma bandeira na areia sinaliza a presença das águas-vivas. 

O número de notificações somente entre sábado (21) e domingo (22) assustam porque, de acordo com o Corpo de Bombeiros, desde o início da temporada foram cinco mil atendimentos por ferimentos no Cassino. Ou seja, a maior parte deles foi registrada nos últimos dias.

De acordo com pesquisadores, o litoral gaúcho é o que mais registra acidentes com águas-vivas. Entre 2017 e 2019 foram mais de 250 mil casos atendidos pelos Bombeiros.

O que fazer em caso de acidentes?

Com o intuito de ajudar a população, o Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (IO/Furg) construiu um guia com orientações sobre o que fazer em casos de acidentes com águas-vivas. De acordo com ele, a lesão deixada pelo animal não é uma queimadura, mas a ação de venenos que são disparados por arpões venenosos da água-viva e penetram na pele, causando dor e marcas.

Orientações:

– Saia imediatamente do mar

– Lave o local com água do mar para remover ao máximo os tentáculos aderidos

– Previna novas inoculações. Não esfregue o ferimento com toalhas ou areia, procure desativar o envenenamento lavando com vinagre por alguns minutos

– Previna a dor com água do mar gelada ou gelo envolto por pano. Nunca use água doce ou gelo diretamente

– Diferencie casos de alergia. Em caso de espirros, roncos, chiados no pulmão e dificuldade para respirar, pode ser uma reação alérgica mais grave, que pode levar à morte por choque anafilático ou obstrução das vias aéreas. Outros sintomas podem ser lesões em outros locais do corpo, desorientação e inconsciência. Nesses casos, procure ajuda médica urgente.