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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), aceitou o pedido da Polícia Civil para prorrogar a suspensão da licença do médico João Batista do Couto Neto, de 47 anos, de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O pedido foi encaminhado ao Tribunal de Justiça do Estado (TJRS), que está analisando a solicitação.
O médico é suspeito de causar a morte de 38 pacientes e causar lesões em outros 120 devido a procedimentos cirúrgicos. A suspensão parcial da licença, que impedia o médico de realizar cirurgias, expirou no último sábado (10), permitindo que ele voltasse a exercer a atividade.
No entanto, o MP e a Polícia Civil solicitaram a prorrogação da suspensão por mais 180 dias, aguardando os resultados das investigações em andamento. A defesa de João Couto não concorda com a prorrogação da medida.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) confirmou que a suspensão judicial terminou e que o registro profissional do médico está regular. No entanto, existem processos investigativos em andamento que estão sendo conduzidos de forma sigilosa.
Além disso, João Couto se registrou no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), mesmo enfrentando uma suspensão parcial em sua licença. O Cremesp informou que é obrigado a efetuar o registro, mas não tem informações sobre o atual local de trabalho do médico.
Pacientes e pessoas que trabalharam com o médico relataram situações como excesso de cirurgias diárias, realização de procedimentos desnecessários e até mesmo diagnósticos falsos de câncer raro. As investigações estão em andamento.