Foto: Divulgação/MP-GO
O Ministério Público de Goiás realizou uma operação na manhã desta terça-feira (18) para cumprir mandados de prisão preventiva e busca e apreensão referentes ao caso “Penalidade Máxima”, que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro. A operação engloba 16 cidades de 6 estados diferentes, incluindo o RS, e teve como um dos alvos o meia Gabriel Tota, jogador do Ypiranga. Em nota oficial, Canarinho afirmou que não tem nenhuma responsabilidade na ação.
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As investigações iniciaram em fevereiro deste ano, após o presidente do Vila Nova coletar evidências que apontavam a tentativa de manipulação de resultados por parte do volante Romário, do próprio clube, que recebeu uma proposta de um grupo de apostadores. O presidente Hugo Jorge Bravo, também policial militar, encaminhou as provas para o Ministério Público de Goiás, que começou a apurar outros casos relacionados.
Na manhã desta terça, o MP do estado de Goiás realizou uma operação em conjunto com autoridades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Santa Catarina. O objetivo da ação era cumprir três mandados de prisão preventiva e outros 20 de busca e apreensão entre os estados citados. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha influenciado partidas da Série A e B de 2022, além de outras em variados estaduais no início deste ano.
Ainda não foram divulgadas as partidas suspeitas de terem sido influenciadas pelo grupo de apostadores, mas, segundo o GE, alguns dos nomes alvos da investigação foram revelados. Quatro deles são jogadores de futebol: Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport) e Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente atleta do Ypiranga. O quarto nome não foi divulgado, apenas que se trata de um segundo jogador que atua no RS.
Através de uma nota oficial o Ypiranga se pronunciou nas redes sociais sobre as investigações e afirmou não ter responsabilidades. Além do que, o jogador não atuou em nenhuma partida pela equipe.
Como funciona o esquema
Segundo o Ministério Público, um grupo criminoso formado por apostadores espalhados pelo país entrava em contato com jogadores com ofertas para manipulação dos jogos. Os valores variavam entre R$50 mil e R$100 mil, com objetivo de garantir desde um número preciso de escanteios até mesmo a marcação de uma penalidade em determinada etapa, visando garantir o lucro dos criminosos em apostas esportivas específicas.