Divulgação/TJRS
Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual da morte do filho Bernardo Boldrini, em abril de 2014, foi novamente condenado. A pena total foi de 31 anos e 8 meses de reclusão. A leitura da sentença foi feita pela Juíza Presidente do Tribunal do Júri, Sucilene Engler Audino, no final da tarde desta quinta-feira (23), no Salão do Júri do Foro da Comarca de Três Passos, no Noroeste do RS.
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O julgamento durou quatro dias até que o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Três Passos chegasse a um veredicto. Ficou entendido que o réu é culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Confira as penas para cada crime:
Homicídio quadruplamente qualificado – 30 anos e 8 meses de reclusão
Falsidade ideológica – 1 ano de reclusão falsidade
Da condenação recebida no novo julgamento, Leandro Boldrini já cumpriu 10 anos de prisão. Conforme especialistas, o tempo corresponde a um terço da pena, o que daria direito a progressão de regime até o fim deste ano.
Leandro não acompanhou leitura da sentença
Leandro Boldrini acompanhou o primeiro dia de julgamento, mas, na terça-feira, foi solicitado atendimento médico e ele foi dispensado de permanecer em plenário. O réu não estava presente no momento da leitura da sentença. A defesa comunicou que ele não estava em condições de ser interrogado e ele retornou ao Presídio de Ijuí, onde permaneceu nos últimos dias.
Situação atual dos envolvidos no crime
O réu Leandro Boldrini está preso preventivamente desde 14/04/2014. Graciele Ugulini segue presa e tem previsão para progressão de regime para o semiaberto em 09/07/2026. Edelvania Wirganovicz está atualmente em regime semiaberto. E Evandro Wirganovicz está em regime semiaberto, atualmente em livramento condicional.
Relembre o caso
Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014. Seu corpo foi encontrado 10 dias depois, enterrado em uma cova vertical dentro de uma propriedade às margens de um riacho na cidade vizinha de Frederico Westphalen. No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos por serem, respectivamente, o mentor intelectual e a executora do crime.
A amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, também foi presa por ajudar no assassinato. Dias depois, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi preso por ser quem preparou a cova onde o menino foi enterrado. Os quatro réus foram condenados em 2019, mas o júri de Leandro foi anulado em dezembro de 2021.