CNJ afasta juíza Gabriela Hardt por descumprimentos da lei e irregularidades na Operação Lava Jato

Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

O corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, decidiu afastar do Judiciário a juíza Gabriela Hardt, que atuou como substituta de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba durante a Operação Lava Jato.

Além dela, os desembargadores federais Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e o juiz federal Danilo Pereira Júnior, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, também foram afastados.

O afastamento foi motivado por supostos descumprimentos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, do Código de Ética da Magistratura e possíveis infrações criminais. Gabriela Hardt teria homologado um acordo entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Petrobras sem seguir os devidos procedimentos legais, o que gerou questionamentos sobre sua conduta.

Já os desembargadores e o juiz federal teriam desobedecido decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) ao decretar a prisão de investigados em processos suspensos pela Suprema Corte. O corregedor Salomão destacou que tais atitudes comprometem a imparcialidade e legalidade do processo judicial.

As decisões de afastamento serão analisadas pelos demais conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (16). Este afastamento visa garantir a integridade das investigações em curso e evitar possíveis influências indevidas ou manipulação de provas.