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Neste domingo (19), o economista ultraliberal Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, conquistou a vitória na eleição presidencial da Argentina. Milei obteve 55,76% dos votos, enquanto Sergio Massa, ministro da Economia e candidato governista, alcançou 44,23%. A diferença de cerca de três milhões de votos foi surpreendente, considerando que as pesquisas apontavam para uma disputa mais acirrada.
Aproximadamente 76,3% do total de 26 milhões de argentinos votaram. Milei saiu vencedor em 20 das 23 províncias do país, além da capital Buenos Aires, que é uma cidade autônoma.
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, o novo presidente adotou um tom mais conciliador do que o habitual. Ele expressou seu agradecimento ao ex-presidente Mauricio Macri e à ex-candidata Patricia Bullrich por apoiá-lo no segundo turno. Milei destacou ainda a necessidade de mudanças e criticou a classe política, mas não detalhou suas propostas mais radicais, como a dolarização da economia.
O político declarou que o início de seu mandato marca o “fim da decadência argentina e o término do modelo estatal que empobreceu o país”. Por fim, ele alertou para a gravidade da situação atual e a necessidade de agir rapidamente nas reformas estruturais.
Sergio Massa reconheceu a vitória do concorrente antes mesmo da divulgação oficial dos resultados, declarando-o como o presidente eleito pela maioria dos argentinos.
Javier Milei assumirá a presidência em dezembro para um mandato de quatro anos. Ele enfrentará uma crise econômica severa, com altos índices de inflação, pobreza e desvalorização da moeda, além de desafios relacionados à dívida externa e às reservas internacionais do país.