Ex-senador é preso em investigação sobre assassinato

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A Polícia Civil de Goiás prendeu o ex-senador Telmário Mota em relação à investigação do assassinato da mãe de sua filha. Ele é suspeito de ser o mandante do crime e foi encontrado em Goiânia após um dia como foragido. Outros dois indivíduos também são suspeitos no caso – Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do ex-senador, que teria planejado e organizado o crime, e Leandro Luz da Conceição, suposto executor.

Os policiais visitaram a fazenda do ex-senador em Roraima, onde se acredita que o crime foi planejado, mas Telmário não foi encontrado. O mandado de prisão cumprido em Goiás é temporário. Segundo a polícia, há elementos suficientes para considerá-lo o mandante do crime, e não descarta a possibilidade de que ele tenha sido alertado sobre a operação.

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A investigação começou após o assassinato de Antônia Araújo de Sousa, ex-mulher do político, que foi morta a tiros em 29 de setembro. A principal linha de investigação é que ela tenha sido assassinada porque estava prestes a depor sobre uma acusação de estupro feita por sua filha, de 17 anos. A jovem alegou que seu pai a abusou sexualmente no Dia dos Pais de 2022. Quando a acusação veio à tona, o ex-senador negou, alegando ser vítima de perseguição política. Além disso, desentendimentos relacionados ao pagamento de pensão alimentícia podem ter contribuído.

Duas pessoas próximas a Telmário estão sob suspeita, incluindo uma assessora que foi vista entregando uma motocicleta aos assassinos um dia antes do crime. A moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador. A mulher não foi presa nesta fase, mas está sujeita a medidas cautelares, como a proibição de contato com os suspeitos e o uso de tornozeleira eletrônica. Ela admitiu ter monitorado e fornecido informações sobre a rotina da vítima ao ex-senador nos dias que antecederam o crime.

Telmário Mota serviu no Senado de 2015 a 2022, mas não foi reeleito nas eleições do ano passado.