Fogão a gás oferece mais riscos a saúde do que tabagismo passivo, aponta estudo

Foto: Reprodução/Internet

Um estudo inédito realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford revelou que o uso de fogões a gás pode contribuir para a liberação de benzeno, uma substância cancerígena. O componente está associado a um maior risco de leucemia e outros tipos de câncer do sangue.

O benzeno é formado em ambientes de alta temperatura, como chamas em campos de petróleo e refinarias. Agora, a pesquisa mostrou que ele também é gerado nas chamas de fogões a gás.

Além disso, o estudo constatou que o benzeno pode se espalhar para outros cômodos da casa. E mesmo longe da cozinha as concentrações do elemento químico podem exceder os padrões de saúde.

Exaustores não foram eficazes

Durante o estudo, os pesquisadores verificaram que mesmo uma boa ventilação ajudando a reduzir as concentrações de poluentes, os exaustores não foram eficazes na eliminação da exposição ao benzeno.

Os cientistas observaram que uma única boca de fogão a gás em alta chama em uma temperatura de aproximadamente 180°C pode elevar os níveis internos de benzeno acima dos encontrados na exposição passiva à fumaça de tabaco.

Foi constatado que os queimadores a gás emitem de dez a 50 vezes mais benzeno do que fogões elétricos. No entanto, não foi detectada a presença do elemento químico nos alimentos cozidos.

O que fazer?

Diante dos resultados, os pesquisadores sugerem que cooktops de indução possam ser uma alternativa mais segura. Eles também recomendam o uso mais frequente de equipamentos elétricos, como chaleiras, torradeiras e airfryers, como forma de minimizar o uso de gás quando possível.