(Créditos: Divulgação / FURG)
De dezembro a fevereiro deste ano, mais de 85 mil queimaduras por água-viva foram registradas no Litoral gaúcho, pela Operação Verão. Esse número representa um aumento de 900% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 7.924 casos. Segundo o Corpo de Bombeiros, 78.559 ocorrências aconteceram no Litoral Norte, enquanto 7.421 ocorreram em praias do Litoral Sul.
A corporação atribui o aumento significativo a maior quantidade de dias de sol e calor, aumento da quantidade de banhistas e maior tempo de permanência das pessoas na água.
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E entrevista ao portal G1, entretanto, a professora de Biologia marinha da UFRGS, Carla Menegola, explicou outros motivos que podem estar associados ao aumento dos episódios nas praias gaúchas.
“Esse aumento da temperatura, ou essa manutenção de uma água mais quente, faz com que o “boom” reprodutivo aumente. A gente está tendo pesca indiscriminada, sem fiscalização em muitos lugares, então, quando eu retiro os estoques pesqueiros, que eram os predadores das águas-vivas, eu estou desequilibrando a cadeia alimentar marinha”, explica.
Bandeiras de alerta para águas-vivas
Para alertar os banhistas, bandeiras roxas informam a presença de águas-vivas nas praias do Litoral. A sinalização está em locais onde, nas últimas horas, houve ao menos um caso registrado.
O que fazer em caso de queimaduras por água-viva?
- Saia da água imediatamente;
- Lave o ferimento, sem esfregar, com água salgada;
- Remova, com cuidado, os tentáculos que podem ter aderido à pele;
- Busque as guaritas dos salva-vidas, que irão fornecer vinagre para as compressas que aliviam a dor causada pelas toxinas;
- Aplicar filtro solar na área, pois ela estará mais sensível;
- Nunca passe água doce, sabonete ou álcool na área afetada, pois essas substâncias estimulam a liberação do veneno que ainda possa existir nas células dos tentáculos.