Foto: Paulo Carvalho/Agência Brasil
O combate à violência contra a mulher no Rio Grande do Sul ganhou o reforço de mais uma ferramenta. A partir de agora, o Estado passa a contar com a Delegacia Online da Mulher, uma página dentro do site da Delegacia Online voltada para a violência doméstica e de gênero contra a mulher. O serviço pode ser acessado 24 horas por dia.
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Por meio da página, é possível registrar casos de violência e o descumprimento de medidas protetivas. As usuárias também podem preencher um formulário de avaliação de risco, que orientará os profissionais a tomar decisões que evitem a ocorrência de possíveis novas agressões. Elas também terão acesso direto ao Whatsapp da Polícia Civil, pelo qual podem ser feitas denúncias.
Números preocupantes
Até novembro de 2022, 102 mulheres foram vítimas de feminicídio no Estado, número maior que o do ano passado, quando 97 casos foram registrados. A média do ano é de dois casos por semana, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Dessas mulheres, 83% não tinha nenhum registro policial contra os seus companheiros.
Com o objetivo de quebrar o tabu e estimular as mulheres a denunciarem agressões físicas e psicológicas, a ferramenta busca facilitar esse processo ao permitir que a mulher que sofre violência doméstica possa denunciar através da tela do computador ou celular.
Além de funcionar como mais um espaço de denúncia, o objetivo é que a Delegacia Online da Mulher sirva ainda como um espaço educativo sobre o tema trazer informações sobre o conceito de violência doméstica, formas como ela se manifesta e os direitos das vítimas, incluindo links úteis relacionados à rede de proteção. Também está disponível uma cartilha informativa com o passo a passo do registro online.
Outras formas de denúncia
A Delegacia Online da Mulher se soma a outros canais de denúncia já existentes, como o Disque 180 e pelo Whatsapp da Polícia Civil (51) 98444-0606.
Para o registro de ocorrência, as vítimas também podem ir a Delegacia da Mulher ou em qualquer Delegacia de Polícia, nos municípios em que não houver a especializada. Elas ainda podem procurar uma das 59 Salas das Margaridas no Estado. Nessas unidades, o atendimento é realizado por agentes com treinamento especial, de forma discreta e acolhedora.