Após paralisação na terça-feira, ônibus voltam a circular em Caxias do Sul

Ônibus da Visate não circulam em Caxias do Sul
(Foto: Rodrigo Rossi/Prefeitura Caxias do Sul)

Após uma manhã de terça-feira (8) com transtornos para quem utiliza o transporte coletivo em Caxias do Sul, na Serra, funcionários da empresa de ônibus Visate encerraram a paralisação no início da tarde e os ônibus voltaram a circular na cidade. Durante as primeiras horas do dia nenhum veículo deixou as garagens, tomadas por trabalhadores que cobravam o pagamento integral do salário de outubro.

A mobilização, frente a companhia, no Bairro Esplanada, começou ainda na madrugada, como forma de protesto pelo pagamento de apenas 30% do salário de outubro. A Visate, por sua vez, justificou a medida dizendo que enfrenta dificuldades financeiras.

A paralisação se encerrou depois que a empresa informou os funcionários que o restante do pagamento seria depositado até a tarde de ontem. Além disso, foi garantido aos trabalhadores o pagamento do 13º salário e a negociação do dissídio coletivo, com data-base em 1º de janeiro.

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Relembre

Única empresa de transporte coletivo em Caxias do Sul, a Visate alegou que o pagamento integral não poderia ser realizado por dificuldades financeiras e que aguardava o repasse de recursos federais, através da prefeitura, para realizar o pagamento dos funcionários.

Contudo, em entrevista à Rádio Gaúcha Serra, o prefeito de Caxias, Adiló Didomenico, disse que, os mais de R$6 milhões repassados pelo Governo Federal servem para subsidiar as gratuidades dos usuários com mais de 65 anos, e não devem ser utilizados para outros fins.

Esse recurso foi uma luta nossa, da Frente Nacional dos Prefeitos, para subsidiar a passagem dos idosos. Esse recurso veio para isso, não veio para pagar salário, para pagar folha de pagamento, essa é uma responsabilidade da empresa”. 

Após a fala do prefeito, aos trabalhadores, o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, afirmou que a prefeitura irá repassar à Visate pelo menos metade dos   R$ 6.345.979,26 oriundos Governo Federal, pela emenda constitucional nº 123, que tem por objetivo atenuar os efeitos da elevação extraordinária dos preços do petróleo e seus derivados.

Em sua conta do Instagram, Adiló chegou a gravar um vídeo, afirmando que a greve era ilegal e que a prefeitura tomaria medidas contra a empresa, em função dos prejuízos à população.

Por volta das 12h uma reunião com funcionários, empresa e prefeitura, mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foi realizada mas a proposta de pagamento de mais 30% dos salários até as 16h de terça e a quitação restante dos salários até hoje (9) não foi aceita pelos trabalhadores.

Cerca de uma hora depois, com a garantia da quitação da dívida restante até o meio da tarde, os funcionários retornaram ao trabalho e o transporte coletivo voltou a circular no município.