Eduardo Leite é o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul

Eduardo Leite, do PSDB, é reeleito governador do Rio Grande do Sul.
(Imagem: Divulgação/Piratini)

O candidato do PSDB, Eduardo Leite, é o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul. Com mais de 89% das urnas apuradas, por volta das 19h, Leite já contabilizava mais de 57% da preferência dos eleitores, com 2.858.225 dos votos válidos. Com 100% da contagem de votos concluída, Leite somou 57,12% dos votos, o equivalente a 3.687.126 eleitores. O candidato derrotado, Onyx Lorenzoni, do PL, fez 42,88% dos votos válidos.

Pela Justiça Eleitoral, Eduardo Leite foi considerado candidato à reeleição, mesmo tendo renunciado em março deste ano, para tentar ser presidente da República. Dessa forma, em 2026, ele não poderá tentar se reeleger. O atual governador, Ranolfo Vieira Junior (PSDB), segue no cargo até o fim do ano. Leite reassume a partir de 1º de janeiro de 2023.

Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, o Rio Grande do Sul registrou 5.937.818 votos válidos neste segundo turno. Quase 3% dos eleitores votaram em branco, e os nulos somaram 247.651 votos. A abstenção chegou a 19.39%.

Tu Viu?

Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite é natural de Pelotas, no Sul do Estado, e tem 37 anos. É formado em Direito, foi vereador pelo município em 2008, secretário municipal de Cidadania no governo Bernardo de Souza, e chefe de gabinete do ex-prefeito Adolfo Antônio Fetter Júnior. Foi eleito prefeito de Pelotas aos 27 anos, e ficou à frente do Executivo municipal de 2013 a 2016.  Em 2018, foi eleito governador do Rio Grande do Sul pela primeira vez.

Neste ano, foi candidato pela coligação Um Só Rio Grande (Federação PSDB Cidadania/MDB/PSD/Pode/União). Seu vice na chapa, Gabriel Souza, do MDB, 38 anos, foi deputado estadual em 2014 e 2018.

A Festa da Vitória

A comemoração da vitória começou antes mesmo do fim da apuração. Pouco depois das 19h30, no comitê da coligação, na Zona Norte de Porto Alegre, Leite se manifestou, pela primeira, vez após o resultado.

“Eu quero começar agradecendo à imensa generosidade do povo do RS, que mostrou que esta terra quer a paz, a união, o respeito, e falou mais alto nesta eleição”, afirmou o governador reeleito.

Leite afirmou, ainda, que vai procurar Lula, eleito presidente da República, para tratar dos próximos quatro anos.

“A gente respeita esse resultado e, naturalmente, no processo de transição, como fiz há quatro anos, vamos conversar em defesa dos interesses dos gaúchos”, disse.

O Reconhecimento da Derrota

O candidato derrotado Onyx Lorenzoni, do PL, reconheceu a derrota, no início da noite, e afirmou ter parabenizado o rival pela conquista da eleição.

“O cumprimentei pela vitória e desejei a ele que ele consiga, nos próximos anos, responder às expectativas do povo gaúcho”, afirmou.

Onyx também avaliou sua campanha como “limpa e sem ataques” e lamentou o resultado da eleição presidencial.

Primeiro Turno

O primeiro turno entre os candidatos foi disputado voto a voto, no dia 02 de outubro. Onyx Lorenzoni (PL) obteve 37,5% dos votos válidos, e Leite, 26,81%. Edegar Pretto (PT) ficou em 3º com 26,77%.  No total, foram 6.351.410 votos válidos, com mais de 341 mil brancos e 190.653 votos nulos. A abstenção chegou a quase 20%, com 1.698.608 eleitores que não foram votar.

Reeleição no Rio Grande do Sul

A reeleição existe para chefes do executivo desde 1997, quando uma emenda à Constituição foi elaborada. Desde então, o Rio Grande do Sul nunca tinha escolhido o mesmo governador para dois mandatos consecutivos, até o pleito deste ano.

Nos últimos 25 anos, apenas o petista Olívio Dutra não tentou a reeleição ao Piratini, em 2002. Os demais cinco governantes (Antônio Britto, Germano Rigotto, Yeda Crusius, Tarso Genro e José Ivo Sartori) tentaram se manter no cargo por um segundo período, mas não foram eleitos.

O que faz um governador?

O governador é cargo político mais alto de um Estado. Ele defende os interesses da sua população junto ao Governo Federal. O governador tem como principais responsabilidades a segurança pública, a educação, a infraestrutura e a saúde da população, e atua em conjunto com a Assembleia Legislativa do seu estado.  Ele também delibera sobre as leis aprovadas pelos deputados, e deve agir em sintonia administrativa com os prefeitos de seus municípios.