Foto: Agência Brasil
Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) anunciou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, por falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. O documento da PF também menciona crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas públicos.
O deputado Gutemberg Reis (MDB) também está entre os indiciados, em um caso que teve início em maio de 2023, com uma operação da PF que cumpriu mandados de busca e prisão no Rio de Janeiro e em Brasília.
De acordo com informações do site R7, o documento do indiciamento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem (18). O inquérito aponta para crimes como uso de documentos falsos, inserção de dados incorretos em sistemas de informações e falsificação ideológica de documentos públicos, envolvendo um total de 18 pessoas.
A defesa de Bolsonaro, representada pelo ex-ministro das Comunicações Fábio Wajngarten, lamentou o vazamento das informações nas redes sociais, criticando a divulgação midiática antes de um processo formal.
A PF aponta que as falsificações teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, permitindo aos envolvidos emitir certificados de vacinação falsos e burlar as restrições sanitárias impostas para conter a propagação da Covid-19, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
A investigação sugere que o objetivo do grupo era manter uma narrativa ideológica contra a vacinação, visando a coesão de sua base de apoio. Essas ações estão sendo conduzidas no âmbito do inquérito que investiga as chamadas “milícias digitais”, em curso no Supremo Tribunal Federal.