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Os servidores técnicos da UFRGS, UFCSPA, UFPel, FURG, e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), entre outras instituições, decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (18). A adesão ao movimento nacional de paralisação foi confirmada em uma Assembleia Geral convocada pelo ASSUFRGS Sindicato.
O motivo principal da greve é a necessidade de reestruturação da carreira e reposição salarial. Nas instituições gaúchas, a pauta inclui também a destituição da atual reitoria, liderada pelo reitor Carlos André Bulhões Mendes. Apesar de dois pedidos de destituição terem sido aprovados pelo Conselho Universitário da UFRGS em agosto de 2021 e dezembro de 2023, a decisão final está nas mãos do Ministério da Educação.
O primeiro pedido foi negado pelo MEC, enquanto o segundo ainda aguarda uma decisão por parte do órgão.
De acordo com a Fasubra, a greve atinge pelo menos 58 Instituições Federais de Ensino. Os servidores argumentam que precisam de um reajuste de 31% para repor a inflação acumulada entre setembro de 2016 e dezembro de 2023, conforme dados do Dieese. Eles já apresentaram suas reivindicações ao governo federal.
O Ministério da Gestão e Inovação propôs uma reposição salarial de zero em 2024, com apenas reajuste nos auxílios, e 9% de reposição salarial em duas parcelas (2025 e 2026). No entanto, essa proposta foi rejeitada pelos sindicatos.
Além das questões nacionais de campanha salarial e de carreira, os servidores da UFCSPA e do IFRS também destacam a falta de concursos públicos para as instituições. Segundo eles, a escassez de pessoal compromete a qualidade do atendimento aos estudantes.