Foto: Arquivo Pessoal
A primeira audiência relacionada ao caso de um suspeito de praticar atos neonazistas em Tramandaí, no Litoral Norte, foi marcada pelo Poder Judiciário para o dia 6 de junho. A audiência ocorrerá na 2ª Vara Criminal do Foro do município e contará com o depoimento de 11 testemunhas, seguido pelo interrogatório do réu, Israel Fraga Soares, que está preso desde o início de 2022.
Soares é acusado de disseminar mensagens de apologia ao nazismo e participar de grupos extremistas na internet. No final de 2021, foi realizado um mandado de busca na residência do réu, resultando na apreensão de um capacete da Legião Hitlerista e materiais de apologia ao nazismo. Além disso, ele mantinha um canal extremista no YouTube e foi apontado como membro de grupos neonazistas na deep web. O processo foi retomado após a conclusão de um resultado pericial que era aguardado.
Segundo a defesa de Soares, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) indicou que ele tinha uma capacidade relativamente limitada de compreender seus atos na época em que foram cometidos, o que também foi confirmado pelo sistema judicial. Somente após a conclusão do IGP o processo foi retomado. O Poder Judiciário afirmou que os prazos processuais estão dentro do previsto.
Os advogados Rafael Petzinger e Bruna Ressurreição, responsáveis pela defesa, destacam que laudos médicos indicam que o réu possui Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e autismo, o que leva os leva a argumentar que ele precisa de cuidados especiais.
O acusado está preso há um ano e cinco meses e a Justiça informou que o preso está recebendo todo o atendimento necessário e possível.
De acordo com a polícia, na época, Israel Soares fazia parte de um grupo com mais de 40 pessoas do Rio Grande do Sul, incluindo um adolescente de Lindolfo Collor, no Vale do Sinos, que foi responsável por executar e esquartejar um cachorro ao vivo.