Foto: Mourão Panda / América-MG
O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou um recurso contra a sentença que condenou o jogador Marcinho a 3 anos e 6 meses de reclusão em regime aberto, após causar a morte de duas pessoas em atropelamento em dezembro de 2020 no Rio de Janeiro quando jogava pelo Botafogo-RJ.
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Segundo o UOL, em documento submetido à corte na última segunda-feira (15), o MP solicita que o tribunal modifique o veredicto, estipulando uma pena superior a 4 anos, com agravantes, regime inicial semiaberto e sem possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
Ainda segundo o portal, a assessoria do jogador informou que não participa de questões jurídicas e também não possui o contato dos profissionais encarregados da defesa do atleta. O MP salientou que uma das vítimas, Maria Cristina, possuía 66 anos, um fator que pode ampliar a penalidade. Além disso, o réu havia consumido chopp e levou cinco dias para se apresentar na delegacia, aumentando uma possível culpa.
O MP também destacou que o lateral não prestou assistência imediata e uma das vítimas sofreu por conta disso. Esses elementos, de acordo com o recurso apresentado pelo MP, deveriam elevar a pena-base do réu para mais de quatro anos.
Marcinho foi julgado por homicídio culposo, onde não há intenção de matar. A sentença foi publicada em 18 de abril e assinada pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Além do tempo de prisão, a carteira de motorista de Marcinho foi suspensa pelo mesmo período.
No futebol, o jogador foi anunciado pelo América-MG nesta temporada. Após o acontecimento em que ele se tornou réu, Marcinho ainda teve passagens pelo Athletico-PR e Bahia.