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A Polícia Civil indiciou Fabrício da Costa Fortes, dentista que atuava na cidade Canoas, na Região Metropolitana, por estupro e atentado violento ao pudor contra duas pacientes durante seus atendimentos. Os fatos aconteceram dentro de seu consultório, entre 2005 e 2011. As vítimas tinham 10 e 11 anos.
Em entrevista a RBS TV, o delegado Maurício Arruda, explicou que, quanto ao caso de 2015, Fortes foi indiciado por atentado violento ao pudor, enquanto ao de 2011, foi caracterizado como estupro de vulnerável. “Essas vítimas menores, em regra, iam nessas consultas acompanhadas dos seus pais. Ele realizava tratamentos ortodônticos e, quando essas vítimas entravam na sala desacompanhadas dos seus pais, é quando os abusos relatados teriam ocorrido”, afirmou.
Em 2014, o homem foi condenado a oito anos de prisão, em outro caso, envolvendo o abuso a uma menina de 11 anos. No ano passado, o dentista recebeu da Justiça o benefício da liberdade condicional e cumpre o restante da pena, de sete meses, em liberdade.
Em 2018, o Conselho Regional de Odontologia (CRO) cassou o registro profissional de Fabrício. Entretanto, em 2020, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) converteu a cassação em suspensão de 30 dias.
Em relato à RBS, uma das vítimas – que terá seu nome preservado -, hoje com 22 anos contou que foi levada ao consultório do homem em 2011, para a colocação de aparelho ortodôntico. A jovem explicou que não havia nada de estranho no comportamento do dentista inicialmente, porém, com o passar tempo os abusos tiveram início e duraram três anos. Segundo ela, o dentista colocava a mão dentro de sua roupa e chegava a praticar atos de importunação sexual.
A menina abusada pelo dentista aos 11 anos em 2014 tem, hoje, 21. Ela conta que Fortes também praticava os mesmos atos expostos pela outra vítima e que, na época, decidiu contar tudo para a família, que imediatamente procurou a polícia. A investigação concluiu pelo indiciamento dele, o que resultou na sua condenação.