Foto: Divulgação/Juventus
A situação não está boa na Juventus. Investigado por fraude fiscal, o tradicional clube de Turim vive uma batalha na Justiça italiana e já teve punições tanto aplicadas quanto retiradas. A situação segue em processo no país, mas a Uefa (entidade responsável pelo esporte na Europa) optou nesta semana por conduzir investigações de forma independente, gerando o risco do clube ficar de fora das próximas edições da tradicional Champions League.
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Segundo o jornal italiano “Gazzetta dello Sport”, a Uefa recebeu toda a documentação envolvendo as investigações de fraude fiscal por parte da Velha Senhora e decidirá por conta as punições aplicadas em processo independente ao da Justiça italiana. A tendência é que a Juventus seja proibida de participar de qualquer torneio continental por ao menos uma temporada, impossibilitando o clube de ingressar na Champions League, Europa League ou Conference League no período a ser determinado. O Ministério Público de Turim está auxiliando a entidade, que definirá as punições através de sua comissão de Fair Play em breve.
Em janeiro, a Juventus havia sido punida com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano em decisão tomada pela Justiça. Contudo, na última semana, a medida foi revogada e será revisada na Corte de Apelação da Itália, que deve comunicar uma decisão definitiva em um prazo de até 30 dias.
O caso
Em janeiro, o jornal italiano “Corriere della Sera” denunciou a Juventus por fraude fiscal. Documentos entre o clube e Cristiano Ronaldo, referentes ao período que ficou no clube (2018 – 2021), foram divulgados e apontavam um adiamento em pagamentos de salários do jogador por conta da pandemia, ao contrário de uma redução salarial como o clube havia comunicado. Desta forma, apenas contando o acordo feito com o craque português, 20 milhões de euros ficaram de fora do balanço financeiro da Juventus no ano.
O Ministério Público passou a investigar o caso e descobriu que a prática adotada com Cristiano também foi praticada com outros jogadores. Segundo procuradores italianos, foram encontradas uma série de “falsas comunicações de empresas cotadas e emissão de faturas de operações inexistentes”.
Andrea Agnelli (ex-presidente do clube) e Fabio Paratici (ex-diretor) foram punidos por 24 meses e 30 meses, respectivamente, do futebol italiano. Pavel Nedved, ex-jogador e dirigente da Juve, terá punição determinada na Corte de Apelação.