Foto: Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo um dos sobreviventes do incidente com um gerador elétrico que deixou quatro pessoas mortas em Vacaria, na Serra, em 10 de março. Segundo o inquérito entregue à Justiça, Maique Santos da Silva, de 31 anos, “tinha o dever legal de vigiar quanto ao não-ligamento e/ou desligamento do motogerador e, assim, impedir com que o fato ocorresse”.
A companheira e três enteadas do investigado morreram de asfixia por monóxido de carbono. Maique afirmou que a família adormeceu antes de desligar gerador. Além dele, outros dois enteados sobreviveram. Um menino de nove anos e uma menina de sete ficaram 22 dias internados.
A Polícia Civil ouviu testemunhas, familiares das vítimas e os próprios sobreviventes para analisar o caso. O laudo da perícia atestou que as vítimas morreram com uma concentração superior a 50% de carboxiemoglobina, indicador da exposição ao monóxido de carbono no sangue.
Ao concluir que o sobrevivente tinha o dever de vigiar o gerador, a polícia afirma que ele deveria “impedir com que o fato ocorresse, pois já havia operado o equipamento várias vezes e era um dos adultos responsáveis pelo ligamento e desligamento do motogerador”.
O inquérito, com 243 páginas, foi remetido à Justiça. Agora, o Ministério Público analisa a investigação, podendo pedir novas apurações, arquivar o caso ou denunciar o investigado pelos crimes.
Fonte: Portal G1