Mauro Cid apontou senador Heinze como membro de grupo que defendeu fraude eleitoral e intervenção militar após eleições de 2022

Foto: Raquel Sá/Agência Senado

Em uma revelação à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar direto de Jair Bolsonaro, mencionou o senador Luis Carlos Heinze (PP-AL) como membro de um grupo extremista que promovia teorias de fraude eleitoral e defendia uma intervenção militar após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. A informação veio à tona através de documentos da PF divulgados pelo O Globo destacando uma reunião agendada entre Heinze e Bolsonaro em 12 de novembro, pouco depois do segundo turno das eleições.

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Em uma gravação capturada pela PF em 8 de novembro de 2022, Cid discute a pressão sobre Bolsonaro para adotar medidas drásticas contra os resultados eleitorais, citando “visitas pessoais” ao ex-presidente com esse intuito. Heinze, por sua vez, rejeita tais alegações, assegurando que suas ações pós-eleições buscavam apenas clarificações legítimas sobre o processo eleitoral, em resposta às preocupações de seus eleitores.

Heinze se manifestou sobre o assunto negando qualquer participação em confiscar uma urna eletrônica.

“Em nenhum momento cogitei, afirmei ou mesmo pensei em sequestrar, ou confiscar uma urna eletrônica. Todo aquele que afirmar algo nessa direção está faltando com a verdade e será processado por calúnia e difamação”, disse o senador.

“As ações que empreendi após as eleições de 2022 são de domínio público e estão devidamente documentadas, não se baseiam em conjecturas ou delações. Diante das dúvidas em relação ao escrutínio e atendendo aos apelos por esclarecimentos dos meus eleitores, recorri aos mecanismos legais disponíveis, buscando a intervenção do Estado para a realização de uma investigação imparcial”, defende-se Heinze.

Heinze, conhecido por sua atuação na CPI da Covid, enfrentou críticas por promover informações falsas sobre tratamentos contra o vírus. Além disso, em novembro de 2022, participou de uma audiência no Senado que questionava a integridade do processo eleitoral de 2022, reafirmando seu apoio aos protestos contra os resultados eleitorais e prometendo lutar pela “verdade”.