Presidente da Fifa defende derrota automática em casos de racismo

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No dia em que dois casos de racismo foram registrados envolvendo o futebol, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, sugeriu que derrotas automáticas sejam uma das punições para casos de racismo em partidas de futebol. Um dos casos com maior repercussão envolve o goleiro Maignan, vítima de ofensas durante o jogo entre o Milan e a Udinese.

Em sua fala, Infantino enfatizou a necessidade de implementar a regra de derrota automática para as equipes cujos torcedores cometem atos racistas que levam à interrupção da partida. Além disso, propôs proibições de estádios em nível global e ação legal contra os racistas.

Sobre o caso com Maignan

O confronto entre Udinese e Milan, neste sábado, durante a 21ª rodada do Campeonato Italiano, foi marcado por um caso lamentável. Aos 33 minutos do primeiro tempo, a partida foi parada devido a insultos racistas dirigidos pelos torcedores da Udinese ao goleiro Maignan, que defende o Milan.

O jogador francês de 28 anos comunicou o ocorrido ao árbitro Fabio Maresca, que suspendeu o jogo quando o Milan liderava por 1 a 0, com um gol de Loftus-Cheek. As equipes deixaram o campo, mas a partida recomeçou aproximadamente cinco minutos depois.

Maignan continuou sendo alvo de vaias da torcida adversária a cada vez que tocava na bola. Jogando em casa, a Udinese empatou o jogo ainda no primeiro tempo, com um gol de Samardzic de fora da área, onde o goleiro do Milan nem tentou defender.

Os donos da casa chegaram a virar o jogo no segundo tempo com um gol de Thauvin, mas Jovic e Okafor garantiram a vitória por 3 a 2 para o Milan, que ocupa a terceira posição no Campeonato Italiano. A Udinese está em 17º lugar, logo acima da zona de rebaixamento.