Gaúcho é absolvido de denúncia envolvendo escalação irregular

Foto: Angelo Pieretti/FGF

O Tribunal de Justiça Desportiva julgou na tarde de ontem (5) a suposta escalação irregular do Gaúcho no Gauchão A2 – Esportes da Sorte. O clube foi denunciado pelo Tupi, que alegou que dois jogadores estavam irregulares na partida contra o Passo Fundo.

A denúncia se baseava no fato de que esses dois atletas possuíam contratos não-profissionais que expiraram no dia 2 de junho. Embora estivessem relacionados para o clássico Ga-Pas no domingo, eles não entraram em campo. O clube foi absolvido por 3 a 2, mantendo os 15 pontos no Grupo A da competição. Durante o julgamento, o procurador do TJD viu culpa por parte do clube no caso.

Para mim, ficou claro que a culpa foi da agremiação que não teve cuidado. É lamentável. O artigo 214 não prevê intenção, prevê culpa, de verificar se estava regularizado ou de deixar uma pessoa estranha ou inimigo político com a senha para usar o sistema web. É como brigar com meu vizinho e deixar a chave com ele. Então, a culpa do clube é evidente. Não podemos passar a mão na cabeça do Gaúcho“, disse o procurador Renan Eduardo Cardoso.

Conforme informações da Rádio Uirapuru, a defesa do Gaúcho apresentou depoimentos de testemunhas e argumentou que não houve escalação irregular, mas sim uma invasão ao sistema via internet na lista de jogadores inscritos pelo clube.

De acordo com a defesa, uma terceira pessoa teria acessado o sistema e liberado os jogadores, Alexssandro Gomes do Nascimento Júnior e Gabriel Luigi Zorzan, sem autorização do clube, em um horário atípico, próximo da meia-noite, o que determinou o término dos vínculos não-profissionais com o clube. Uma perícia poderia identificar quem acessou o sistema sem autorização, mas a solicitação para a prova pericial foi negada. A defesa do Gaúcho alegou que o clube “foi vítima de uma sabotagem”.

A surpreendente retirada desses jogadores do sistema web ocorreu. Na opinião do clube, é essencial identificar quem acessou o sistema nesse horário, o endereço de IP, os dispositivos e sua localização. Isso requer conhecimentos técnicos específicos. Ninguém do clube, diretores ou pessoas relacionadas, realizou essa alteração“, afirmou a defesa do clube.