Foto: Divulgação/UERGS
A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) emitiu uma nota de retratação ontem (25) após uma a unidade de Sananduva, na região noroeste, divulgar uma palestra com o título “A importância da escravidão na economia mundial“. Segundo a nota, a instituição é contrária a qualquer forma de apologia à escravidão ou a temas que violem os direitos humanos.
Assim que a divulgação da palestra foi feita, a unidade responsável foi prontamente notificada e removeu o material, informando que o título estava equivocado e que a intenção da palestra era “demonstrar os horrores e abusos da escravidão no mundo e o quanto essa ação nefasta foi utilizada na sociedade“. Foi reconhecido que o título realmente foi inadequado e não representa o conteúdo a ser abordado. Um novo título foi estabelecido: “A triste história da escravidão no mundo“.
A reitoria da UERGS recomendou o cancelamento da palestra pela unidade universitária. Ressaltou-se que os cursos universitários possuem autonomia para promover eventos, como palestras, desde que estejam alinhados aos valores da instituição e não façam apologia a temas que violem os direitos humanos.
Nota da UERGS
“Em razão da divulgação de uma palestra cujo tema faz menção à escravidão como sendo algo positivo, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) vem a público esclarecer que qualquer apologia à escravidão ou tema que fira os Direitos Humanos são contrários aos valores da Universidade.
Logo que a divulgação foi publicada, a Unidade Universitária proponente foi notificada e retirou os materiais do ar, informando que o título foi equivocado e que a intenção da palestra é demonstrar os horrores e abusos da escravidão no mundo e o quanto essa ação nefasta fora utilizada na sociedade. O título realmente ficou inadequado e não demonstra o teor que será abordado. Assim estruturou-se um novo título: ‘A triste história da escravidão no mundo’.
A Uergs não compactua com nenhuma atitude de cunho racista, preconceituoso e pede desculpas a todas as pessoas que tenham sido atingidas direta ou indiretamente. Não podemos esquecer a história, muito menos enaltecer algo tão prejudicial e que impacta toda a humanidade de forma tão negativa. Não podemos compactuar e não podemos tolerar.“