Foto: Divulgação/MP-RS
Na madrugada de hoje (26), chegou ao fim o julgamento do caso Douglas Finger Ramos, assassinado em 17 de maio de 2017, no bairro São Martinho, em São Sebastião do Caí. O processo teve início na manhã de ontem (25), e o Tribunal do Júri acatou os pedidos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) ao condenar sete homens pelo assassinato.
O MPRS solicitou a absolvição do oitavo réu, o único que estava em liberdade, e os jurados reconheceram sua inocência. As sentenças dos sete variaram entre 14 e 25 anos de prisão. Eles foram denunciados – e condenados – por homicídio triplamente qualificado, devido a motivos torpes, tortura e traição.
A execução foi ordenada de dentro do sistema prisional por dois dos réus, sendo um deles o líder regional de uma das principais facções do Estado.
Relembre o crime
No 17 de maio de 2017, parte dos réus encontrou Douglas na frente do Loteamento Popular e o convidou a entrar em um carro. A vítima aceitou o convite, especialmente porque seu primo estava no grupo. Ao chegar na Estrada do Pinheirinho, no bairro São Martinho, Douglas percebeu que era uma emboscada e tentou fugir, mas foi dominado e torturado com o uso de descargas elétricas de um taser aplicadas em seu peito.
Em seguida, um dos réus telefonou para dois cúmplices que estavam detidos na Penitenciária Modulada de Osório e recebeu a ordem para executar Douglas devido a desavenças e conflitos relacionados ao tráfico de drogas. Douglas foi baleado duas vezes, sendo um dos tiros na cabeça, e também teve parte de seu corpo queimado.