Rodrigo Temp Müller/Divulgação
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) descreveram uma nova espécie de antigo réptil encontrada em sítio fossilífero, em Restinga Sêca, região Central do Estado. A descoberta foi realizada em camadas de aproximadamente 233 milhões de anos e o réptil faz parte de um grupo pouco conhecido. A pesquisa foi publicada em abril no periódico Scientific Reports.
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A pesquisa foi conduzida pelo paleontólogo Rodrigo Temp Müller, com a participação de Maurício Silva Garcia, ambos da UFSM. Eles descreveram a nova espécie a partir de restos de pernas de dois exemplares, que mostram que o silessauro recém-descoberto teria cerca de 1,3 metro de comprimento.
A nova espécie foi chamada de Amanasaurus nesbitti, que ganhou esse nome por significar “lagarto da chuva” e também referência ao pesquisador Sterling Nesbitt. O especialista é um dos principais responsáveis pelas pesquisas sobre os silessauros, grupo de répteis ao qual o novo animal pertence.
Descoberta de réptil em Restinga Seca
Não há consenso científico sobre os silessauros. Eles podem ser os parentes mais próximos dos dinossauros, ou ainda podem ser dinossauros “verdadeiros”, posicionados na base da árvore do grupo de dinossauros com chifres e armaduras. Os fósseis de silessauros são essenciais para os estudos da evolução desses seres pré-históricos.
Restinga Sêca ainda não contava com espécies de dinossauros oficialmente descritas. Porém, os pesquisadores apontam que na área do novo achado havia uma elevada diversidade de formas de dinos.