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Os médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde) optaram por manter a paralisação iniciada em abril durante uma assembleia realizada na noite de ontem (23).
Segundo o presidente do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), Marcos Rovinski, os médicos mantiveram o movimento diante da falta de ações concretas para garantir a recomposição dos honorários médicos e hospitalares, que estão defasados há 12 anos.
A classe chegou a participar de discussões com o Governo no estado, porém, após a apresentação do texto definitivo e o envio à Assembleia Legislativa, a avaliação é de que os médicos ainda não estão sendo contemplados na reforma. Rovinski afirma que não há indicativo de que haverá um reajuste e que eles farão um pedido aos deputados para que sejam incluídas emendas que atendam demandas como a participação dos médicos no conselho de administração do IPE, a criação de câmaras técnicas para auxiliar no controle de gastos da instituição, além da coparticipação por consultas.
O Simers recomenda que os médicos solicitem licenciamento, um procedimento que permite que os profissionais continuem atendendo em consultas particulares sem estarem vinculados ao plano de saúde.
Cerca de 6,5 mil médicos fazem parte do IPE Saúde, que é o segundo maior plano de saúde do estado e conta com mais de um milhão de usuários. Atualmente, apenas os atendimentos de urgência e emergência estão sendo mantidos.
De acordo com o IPE Saúde, desde o início da paralisação, houve uma redução de 10% a 15% no número de atendimentos realizados. A instituição informou que, em maio, houve uma média de 12% de redução nas consultas diárias, o que representa 1.320 atendimentos a menos por dia.
Apesar da paralisação, o IPE Saúde afirmou que está funcionando normalmente. A entidade orienta os segurados a buscar alternativas de atendimento por meio do Guia Médico Hospitalar disponível em seu site, que lista médicos, hospitais e outros prestadores de serviços credenciados.