Expansão aérea no RS: Nova fábrica de aviões promete criar mais de mil empregos

Foto: Divulgação/Aeromot

Um antigo projeto do Rio Grande do Sul pode estar prestes a se confirmar. Após reuniões com o governo estadual e federal, a Aeromot, empresa brasileira fabricante de aeronaves, está prestes a iniciar seus trabalhos no Rio Grande do Sul. Tramites burocráticos estão sendo acertados por órgãos públicos. O local deve receber um investimento de 300 milhões de reais e resultar na geração de mais de mil empregos.

Entenda

Em 1999, sob o governado de Olívio Dutra (PT), um terreno foi disponibilizado para a montadora Ford, através de um acordo em relação aos incentivos fiscais, que posteriormente não foi alcançado. Essa situação gerou críticas, com a alegação de que a empresa estava exigindo privilégios inexistentes para empresas brasileiras. Diante do impasse, a Ford optou por se instalar na Bahia e, dois anos atrás, encerrou suas operações em Camaçari.

Em 2022, vinte e cinco anos depois, o governo estadual cedeu o terreno de 250 hectares, anteriormente destinado à Ford, para a Aeromot, uma das empresas mais antigas do país no setor de serviços aeronáuticos. Através do acordo, a empresa tem como objetivo estabelecer o parque de montagens como referência para operações em outros estados.

Em abril, o governador Eduardo Leite (PSDB) reuniu-se com o presidente da empresa, Guilherme Cunha, e reforçou a intenção de instalação. No ano passado, o governo do Estado assinou um protocolo de intenções com a empresa, a fim de viabilizar a instalação do centro de montagem de aviões. 

De acordo com a Veja, na semana passada, Cunha visitou Brasília para anunciar seus planos de expansão ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Conforme o presidente da Aeromot, as obras devem começar no início de 2024, e a primeira aeronave deve ficar pronta no fim do mesmo ano. A unidade receberá um investimento de mais de 300 milhões de reais e espera-se que gere 1,3 mil empregos, entre diretos e indiretos. A previsão de faturamento anual é de 500 milhões de reais.