(Crédito: Polícia Civil/Divulgação)
Foi concluído, nesta quinta-feira (20), o inquérito sobre o caso do adolescente de Maquiné, no Litoral Norte do RS, detido na semana passada por apologia ao nazismo e ato análogo a terrorismo. O menino de 14 anos foi acusado de planejar um ataque a uma escola no município.
Na noite de 11 de março, agentes da Polícia Civil e da Brigada Militar cumpriram mandado de busca e apreensão na casa onde o adolescente reside com os pais. No local, havia bandeiras e fotos nazistas e fascistas, imagens de Adolf Hitler e Benito Mussolini, simulacro de arma de fogo, facas, canivetes, fardas camufladas e capacetes.
Segundo GZH, o inquérito aponta que há indícios suficientes sobre incitação a delitos relacionados a supostos planos para ataques em escolas. A investigação afirma que o investigado mantinha contato com outro adolescente, apreendido no mesmo dia, no Paraná. Conforme o site, ambos conversavam sobre datas e ações em instituições de ensino.
O responsável pela Delegacia de Maquiné, delegado Valdernei Tonete, afirmou ao portal GZH que o inquérito já foi remetido à Justiça. A investigação responsabilizou somente um dos adolescentes apreendidos na semana passada.
Pais de adolescente de Maquiné negam preconceito e incentivo ao filho
Os pais do adolescente prestaram novo depoimento nesta quarta-feira (19). Os dois responsáveis legais pelo menino de 14 anos, que foi apreendido na semana passada, também estão presos. Na primeira tentativa de um testemunho oficial, eles permaneceram em silêncio.
Aos policiais da Delegacia de Polícia de Investigação Especiais, o casal negou qualquer tipo de preconceito ou estímulo a um possível comportamento violento do filho.
“Nós vamos avaliar o depoimento junto com outras provas para remeter ao Poder Judiciário um contexto do que aconteceu”, explicou o delegado Gabriel Bicca, responsável pelo interrogatório, ao portal GZH.
Conforme o site, a polícia confirmou ao site que o adolescente estava ligado a conteúdos nazistas há mais de três anos. O comportamento do adolescente com relação à ideologia era público e ostensivo, segundo o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, a conduta dos pais poderia ser uma influência ao filho e por isso o casal está sendo responsabilizado. As acusações são por apologia ao nazismo e organização criminosa. Além destas duas, o filho respondia por ato análogo a terrorismo.
O adolescente segue internado na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase).
