Foto: Ivan Storti/Santos
Novas informações referentes ao caso de estupro envolvendo Cuca, novo treinador do Corinthians, foram divulgadas nesta terça-feira (25). Em matéria exclusiva do UOL, o jornalista Adriano Wilkson conseguiu contato com o advogado que representou a vítima no julgamento. O profissional analisou diversas falas do treinador em sua apresentação no clube paulista, desmentiu afirmações usadas na defesa de Cuca e confirmou que o sêmen do ex-jogador foi encontrado na vítima.
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Willi Egloff é um advogado suíço, formado em 1974, que foi escolhido pelo pai da menina para representar sua filha no julgamento que ocorreu em 1989. No texto publicado nesta terça, Eglof faz uma série de apontamentos a respeito das falas de Cuca, as principais delas referentes à alegação de que o ex-jogador “não foi reconhecido pela garota” e de que ele não teve participação no caso.
A primeira resposta do advogado foi clara: Cuca foi reconhecido pela garota no tribunal, diferente do que sempre afirmou o treinador. Em sua coletiva de apresentação no Corinthians, o novo técnico reforçou que esteve de frente com a vítima em três ocasiões, sem nunca ter sido reconhecido.
“Por três vezes ela esteve lá na frente, e não é que não me reconheceu, é que eu não estava. A vítima é a moça [e disse]: ‘O rapaz não está [presente no crime]’” – disse Cuca na última sexta-feira (21).
Além das falsas alegações do treinador, Egloff foi questionado sobre uma das principais evidências contra Cuca durante o julgamento. Segundo o jornal suíço Der Bund, o sêmen do então jogador do Grêmio era compatível com o encontrado na menina. O advogado confirmou a informação, apontando que as análises foram realizadas no Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.
Questionado pela equipe do UOL, o advogado confirmou que a vítima tentou cometer suicídio após o ocorrido e afirmou que as informações do caso são de difícil acesso por conta da proteção de privacidade em relação à identidade da jovem.
Por último, Willi Egloff especificou as condenações de Cuca sob o Código Penal Suíço. Segundo ele, o técnico foi condenado por coerção (artigo 181 da época) e fornicação com crianças (artigo 191 da época). Desde então, o Código Penal Suíço passou por revisões e os artigos violados podem ter a numeração alterada, assim como algumas especificações.