(Crédito: Divulgação/ Polícia Civil)
Mais de 70 agentes da Polícia Civil cumpriram, nesta quinta-feira (30), 15 ordens de busca e apreensão, em investigação sobre fraude na locação de banheiros químicos e coleta de água, em Xangri-lá, no Litoral Norte. Entre os alvos dos mandados estão a prefeitura, a residência de uma servidora municipal, e as sedes das empresas participantes dos certames. Os mandados ainda abrangem residências de empresários e representantes legais dessas empresas.
Tu viu?
Começa a Campanha do Agasalho 2023 no RS; saiba como doar
RS tem mais de 900 vagas abertas em concursos públicos
O objetivo da fraude, conforme a polícia, era direcionar a licitação para duas empresas que, há anos, têm vencido concorrências, não apenas em Xangri-lá, mas, em praticamente toda região litorânea e no Vale do Taquari. Houve, ainda, mandados cumpridos em Canoas, Caxias do Sul, Arroio do Meio, Balneário Pinhal e Tramandaí, além de Campos Novos, em Santa Catarina.
Nenhum nome foi divulgado pela polícia. Até o momento, a ação contabiliza a apreensão de celulares e computadores dos investigados, documentos, R$ 181 mil em dinheiro sem a comprovação, e cópia integral de sete licitações e processos de despesas suspeitos. Não houve presos.
O portal G1 afirma que o atual prefeito de Xangri-lá, Celso Barbosa, já se manifestou sobre a operação, informando que os problemas têm relação com a antiga gestão do município.
Esquema investigado
Segundo a polícia, uma servidora pública do município direcionava contratos para duas empresas, que forneciam banheiros químicos e faziam a coleta de água de quiosques. De acordo com o delegado Max Otto Ritter, da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção, os empresários burlavam licitações em conluio com a funcionária municipal.
Ritter explicou que, conforme as investigações, a servidora solicitou por WhatsApp orçamentos para a locação de banheiros químicos para um dos empresários. Esse contato, entretanto, não seguiu as formalidades de um edital público. Esse mesmo empresário tinha os orçamentos de outras empresas do ramo, e não teria participado da licitação dos banheiros. A polícia suspeita que, por isso, ele seria beneficiado na contratação do serviço de coleta de água.
A investigação é um desdobramento de outra operação, de 2021. Na ocasião, houve a apuração de fraudes semelhantes, junto às prefeituras de Lajeado e de Nova Santa Rita.