Mesmo com redução no valor repassado às distribuidoras, preço da gasolina terá aumento

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O preço da gasolina A, vendida nos postos de combustíveis, terá aumento a partir de hoje (1º). Embora o anúncio da Petrobras sobre a diminuição no valor repassado às distribuidoras – de R$ 3,31 para R$ 3,18 o litro – os consumidores não sentirão o impacto positivo no bolso. Isto pois passou a vigorar também nesta quarta-feira a volta dos impostos federais sobre os combustíveis, decisão que aumenta o valor final.

Cálculo sobre o valor final

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,32 a cada litro vendido na bomba. O valor ainda é somado ao preço médio de venda para as distribuidoras, passando de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,62 a cada litro vendido na bomba.

Entenda a decisão do governo federal

O anúncio sobre a volta de impostos federais (PIS e Cofins) para a gasolina e o etanol foi feito ontem (28) e já está em vigor. Estes, porém, não estão sendo retomados no valor integral, que eram cobrados até abril de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro, suspendeu sua aplicação até o fim de dezembro do mesmo ano.

Com isso, a gasolina sofre um aumento de R$ 0,47 por litro, enquanto o álcool, de R$ 0,02 por litro. Sendo assim, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina nos postos deve subir cerca de R$ 0,25 por litro – cálculo que leva em conta a redução no valor do combustível vendido às distribuidoras. 

A justificativa do Governo Federal para a decisão é a “recomposição do orçamento público”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou que a desoneração, aplicada pelo governo anterior, foi uma medida eleitoreira, que só foi estendida pelo presidente Lula porque a reoneração poderia inflar os atos golpistas de janeiro.