Divulgação/PC
Uma idosa foi encontrada pela Polícia Civil em um hotel no centro de Garibaldi, na Serra Gaúcha, nesta terça-feira (31). Conforme as autoridades locais, a mulher de 73 anos, que não teve o nome divulgado, estava desaparecida desde 1979 e apresentava sinais de confusão mental. Ela estava vivendo há cerca de 10 anos em um pequeno quarto, sem luz e banheiro no estacionamento do estabelecimento.
Após o acompanhamento de uma psicóloga e assistente social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Garibaldi, a idosa pode reencontrar a família, que mora atualmente em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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A mulher foi encontrada após denúncias anônimas, quando policiais foram averiguar a situação de uma idosa que estaria em situação de maus-tratos. Ela relatou à Polícia Civil ter sido funcionária do hotel por muitos anos. O desaparecimento foi registrado por familiares no ano de 2021, a partir de solicitação do Instituto Geral de Perícias.
Os responsáveis pelo estabelecimento informaram que, no passado, a idosa trabalhou em outro hotel da cidade. No local atual, ela foi servente e trabalhou de 1990 a 2000. Em conversa informal, os donos do hotel contaram que ela ocupava outro quarto e não ficava no espaço em que estava morando atualmente. Sobre as condições em que essa idosa vivia, eles disseram que a idosa não gostava muito da aproximação de pessoas em seu quarto e que ela tinha liberdade para sua locomoção.
Idosa desaparecida reencontra a família
Conforme a polícia, os familiares da idosa foram localizados em Cachoeirinha e rapidamente se dirigiram para Garibaldi. A mulher aguardou o encontro em uma Casa de Passagem, onde foi alocada provisoriamente. No local, após mais de 40 anos, a mulher encontrou a irmã e duas sobrinhas. Antes de retornar para Cachoeirinha, ela foi submetida a exames médicos, e seguiu viagem com a família.
Os agentes que prestaram o auxílio à idosa relataram ser “um dia muito feliz aqui na DP de Garibaldi, foi emocionante presenciar o encontro de familiares, distantes há mais de 40 anos, sem saber se a pessoa desaparecida estaria bem de saúde e viva”, disseram
Segundo o delegado titular da Polícia Civil do município, Clóvis Rodrigues de Souza, com 44 anos de atividade policial, esta foi a primeira vez que acompanhou um fato dessa natureza. Ele destaca ainda que “as famílias nunca percam as esperanças de um possível reencontro” quando têm um de seus membros desaparecidos.