(Foto: Reprodução/Instagram)
Bruna Surfistinha, ex-acompanhante e atual ativista pelos direitos das profissionais do sexo, publicou um vídeo em suas redes sociais demonstrando indignação à ausência de retratação da TV Bandeirantes. Na última semana, o jornalista Uziel Bueno, da Band TV Bahia, proferiu uma série de críticas contra garotas de programa, e a plataforma de acompanhantes Fatal Model.
O caso aconteceu no dia 10 de fevereiro, durante o programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, quando o jornalista fez críticas ao noticiar o patrocínio da agência Fatal Model ao Esporte Clube Vitória. Uziel chega a simular uma agressão com uma espécie de cinta. O vídeo com a íntegra do programa ficou indisponível no canal da Band TV Bahia no YouTube, cerca de dois dias depois.
Diante da falta de um posicionamento da emissora, Bruna pontua que a ausência de medidas é um obstáculo para a igualdade e para transformação social. Ela enfatiza que a parceria com o clube de futebol baiano mostra que todos os cidadãos e profissionais são dignos.
Usando uma camisa com as palavras “respeito, segurança e dignidade”, Bruna reforçou seu pedido. “Após tudo o que foi conquistado, em prol do respeito, não há espaço para violência e agressividade”, disse.
Relembre o caso
No dia 10 de fevereiro, o Vitória anunciou o site de acompanhantes Fatal Model como patrocinador para a temporada 2023. De acordo com o clube, a marca estará estampada nas mangas de camisas de jogos e treino do Rubro-Negro. A parceria vale até o fim da temporada. Segundo o clube, o objetivo é mostrar que “todos os cidadãos e profissionais são dignos de respeito, segurança e dignidade”.
Durante a coletiva de imprensa, o presidente do clube, Fábio Mota, afirmou tratar-se do maior patrocínio da história do clube na propriedade das mangas. O mandatário também foi criticado por Uziel, ao ser chamado de rufião. O termo usado para definir que obtém vantagem econômica a partir da prostituição de outra pessoa, seja homem ou mulher.
Dois dias após o programa, clube e agência publicaram uma nota conjunta repudiando as falas e caracterizando-as como “misóginas, preconceituosas e violentas”.