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Já são tradicionais, no interior gaúcho, os concursos que simulam a atividade comum do trabalhador rural. Nos rodeios, os mais famosos são o tiro de laço e a paleteada, onde o cavaleiro deve conduzir o boi, na força do laço, ou na base do impacto, até o final da cancha.
No último sábado (7), outra atividade da lida campeira ocorreu em Quaraí, na Fronteira Oeste. No CTG Sentinela do Jarau, houve o primeiro Concurso Binacional de Esquila. A competição de tosar ovelhas, ou tosquia, reuniu brasileiros e uruguaios, teve participação feminina e foi vencida por Elder Canto, do país vizinho.
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A competição até parece violenta, mas um dos quesitos analisados é completar a tarefa sem ferir o animal. Se causar ferimento ao ovino, o participante é desclassificado. Além do troféu em disputa, o concurso rendeu R$ 6 mil em prêmios. O uruguaio Elder Canto levou o caneco ao conseguiu retirar toda a lã do animal, em apenas 20 segundos.
Ao todo, mais de 30 esquiladores, dos dois países, participaram do concurso. A disputa teve, ainda, quatro esquiladoras mulheres. Carmen Ramirez, de Baltasar Brum, no Uruguai, foi a vencedora da categoria.
Conforme o jornalista Giovani Grizotti, a grande atração foi a presença do esquilador Alexis Baldassari, da cidade vizinha de Artigas. Ele que ganhou fama ao quebrar o recorde da modalidade, onde retirou a lã de 758 ovelhas, em um só dia, na França.
Segundo Grizotti, a projeção mundial de Alexis é reflexo de uma tradição no Uruguai. O país exporta mão de obra para a atividade de esquila a diversas regiões do planeta. O repórter afirma, ainda, que, na região da Campanha do Rio Grande do Sul, é comum uruguaios serem contratados em fazendas por temporadas inteiras.