(Crédito: Gustavo Diehl | Secom-UFRGS)
A UFRGS agora tem cotas para ingresso nos programas de pós-graduação da universidade. O Conselho Universitário aprovou a medida, por unanimidade, para mestrado, doutorado, especializações e residências, na ultima sexta-feira (13). A partir de agora, pelo menos 30% das vagas do programa são para pessoas pretas e pardas, indígenas, quilombolas, com deficiência, travestis, transexuais, refugiados, pessoas com visto humanitário e migrantes em condições de vulnerabilidade social.
Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação da UFRGS, Júlio Otávio Jardim Barcellos, o tema está em discussão desde 2016. Em 2020, foi constituído um Grupo de Trabalho representativo na Universidade. Foram realizadas reuniões com convidados de outras instituições, incluindo o Ministério Público Federal. Além disso, houve quatro grandes seminários com pessoas referência na área da inclusão, e em ações afirmativas. A partir dessa trajetória, foi possível finalizar uma proposta. Para Barcellos, trata-se de um marco na pós-graduação no País, já que a UFRGS reúne um elevado número de programas de pós-graduação.
“Ouvimos diversos setores da universidade, coletivos externos, grupos de representatividade e fizemos essa normativa, que foi aprovada por unanimidade. Foi um momento histórico, porque muda a configuração da pós-graduação brasileira, já que a UFRGS é uma das universidades mais importantes do país no campo da pós-graduação”, disse ao portal G1.
