RS lidera o ranking de identificação de pessoas desaparecidas

Foto: Ascom/IGP

Uma notícia que pode proporcionar alívio a pessoas que buscam por parentes ou amigos desaparecidos. O Rio Grande do Sul ocupa, neste momento, a liderança do ranking de identificação de pessoas desaparecidas, feito por meio do Banco Nacional de Perfis Genéticos. Ao todo, são 78 casos de pessoas encontradas, sendo cinco no último semestre, conforme o 17º Relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).

Como é feito o processo?

A identificação de pessoas desaparecidas se dá através do cruzamento de amostras de vítimas sem identificação e as de familiares, onde os perfis genéticos são comparados. Daqueles casos já encontrados, 73 dizem respeito ao vínculo entre parentes e vítima. Há também cinco casos de pessoas privadas de liberdade que tiveram o material cadastrado na prisão e, após, foram encontradas mortas, cuja identificação através das digitais ou arcada dentária não foi possível. Em relação aos perfis de restos mortais não identificados, o Instituto Geral de Perícias (IGP) é o quinto com mais dados no banco, 589.

Atualmente, o Estado conta com 14.791 perfis genéticos cadastrados, o quarto maior número nacional geral e o quinto maior considerando a quantidade de habitantes. A partir destes, 161 investigações tiveram auxílio da análise ou pelo cruzamento desses perfis com 1.187 vestígios recolhidos em locais de crime e que também são inseridos no banco, podendo auxiliar na identificação do autor ou de crimes em série.

Como acessar o serviço?

Familiares de primeiro grau, caso de mãe, pai, filhos e irmãos, de pessoas desaparecidas podem manifestar interesse procurando uma delegacia e cedendo o material biológico para o Banco de Perfis Genéticos de Pessoas Desaparecidas do IGP. Para que isso aconteça, um ofício de encaminhamento de coleta de material biológico deve ser solicitado a um policial e no documento deve constar a solicitação da análise genética, o vínculo de parentesco com o desaparecido e o número do boletim de ocorrência de desaparecimento.

Com esse documento, o maior número possível de parentes de primeiro grau da vítima deve comparecer ao Posto Médico-Legal – em Porto Alegre, o local é a Divisão de Genética Forense – para coleta do material. Neste momento objetos pessoais de uso exclusivo da pessoa desaparecida, como escova de dentes, aparelho de barbear, boné, roupa íntima, brinco, óculos, batom, também são orientados a serem levados, pois podem complementar a análise.