Foragido número 1 do RS é preso em praia carioca

O homem foragido estava incluído na lista de difusão vermelha da Interpol e foi preso por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Divulgação/PCRS

O foragido mais procurado do Rio Grande do Sul foi capturado no fim da noite de domingo (15), em um restaurante de alto padrão na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, durante a Operação Blindspot da Polícia Civil. O homem incluído na lista de difusão vermelha da Interpol foi preso preventivamente por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

O preso procurado até pela Interpol estava escondido em Orlando, na Flórida, desde o início de 2022. A polícia não divulgou o nome do detido, mas a reportagem de GZH apurou que se trata de Fernando Luis do Val Junior, que vivia em um condomínio de alto padrão nesta região do RJ. Val vai prestar depoimento e fica preso preventivamente à disposição da Justiça. 

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Sob responsabilidade da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN), do Denarc, o investigado chegou ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na noite de segunda-feira (16), a bordo do avião da Polícia Civil. 

Conforme a Polícia Civil, o investigado começou no mundo do crime há pouco mais de uma década, praticando estelionatos e se aproximando de grandes lideranças em razão de vínculos parentais. Ele ascendeu rapidamente no mundo do crime pelo conhecimento e articulação. Val passou a operar também outros crimes patrimoniais e atuar na lavagem de dinheiro por meio da utilização de pedras preciosas. 

Foragido era piloto de carros e aviões

Segundo as autoridades gaúchas, ele ingressou no esquema de tráfico internacional de drogas por ser piloto de corrida automobilística e de aeronaves. Operava principalmente no transporte de cocaína de países produtores, como Peru e Bolívia, ao estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com o Denarc, cerca de 400 quilos de cocaína por semana eram trazidos para o RS em aeronaves da rede de transporte que Val coordenava. Em operações policiais realizadas entre 2021 e 2022, o grupo teve duas aeronaves apreendidas, além de um iate preso pela guarda costeira da Guiana.  

Além da embarcação detida na costa do norte do continente, outras duas aeronaves já tinham sido apreendidas em operações entre 2021 e 2022.