(Crédito: Divulgação/Governo do RS)
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi vendida em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, nesta terça-feira (20). A empresa foi arrematada por R$ 4,151 bilhões pelo grupo Aegea, que já atua em nove cidades da Região Metropolitana, em parcerias público-privadas.
O valor pago é 1,15% superior ao lance mínimo de R$ 4,1 bilhões definido para a liquidação da companhia. A oferta da Aegea, líder do setor de saneamento do País, foi a única proposta apresentada.
A compradora terá que cumprir os termos de qualquer acordo coletivo do trabalho firmado em relação “a compromissos de manutenção de empregados, bem como os contratos de prestação de serviço de saneamento básico firmados com os municípios”.
O leilão da Corsan ocorre após uma peleia judicial. Na segunda-feira (19), o Governo do Estado conseguiu garantir o evento, com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho. O parecer derrubou a suspensão determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), na quinta-feira anterior.
Por que vender a Corsan?
O governo do Estado justifica a privatização com o marco legal do saneamento, aprovado pelo governo federal em 2020. A nova lei determina que, até 2033, 99% da população deve ter acesso à água potável e, 90%, à coleta e tratamento de esgoto.
Segundo o edital da privatização, publicado em novembro deste ano, “a desestatização tem por objetivo reestabelecer a capacidade da empresa de realizar os investimentos setoriais necessários e ampliar a qualidade e cobertura do atendimento aos cidadãos.”
Corsan
A Corsan é uma sociedade de economia mista de capital aberto, localizada em Porto Alegre. A estatal, fundada em 1966, tem cobertura de 96,9% de acesso à água e de 19,3% de tratamento de esgoto. A empresa atende 6 milhões de pessoas em 307 cidades do Estado.
No ano passado, a Corsan teve lucro líquido de R$ 350,4 milhões. Um ano antes, o lucro da companhia foi de R$ 1,8 bilhão.