Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil
Tem mais cachaça brasileira sendo enviada para os gringos. Somente em 2022, foram US$ 18,47 milhões exportados, o maior valor dos últimos 12 anos e 54,74% maior que as exportações de 2021. Este valor tinha sofrido uma queda durante a pandemia, mas o setor produtor da bebida tradicional do Brasil já vinha mostrando recuperação em 2021. Agora os produtores têm motivos maiores para comemorar. Conforme levantamento do Comex Stat, sistema de dados de comércio exterior do governo federal, o setor registra, este ano, um recorde no valor exportado. Os dados foram compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) de janeiro a novembro.
Tu viu?
Motociclista bêbado cai sozinho da moto ao ser abordado pela EPTC
Receita Federal lança concurso para vagas com salário de até R$ 21 mil
Os números se destacam principalmente por serem de um período imediatamente após os piores anos da pandemia da covid-19 e, mesmo assim, trazerem cifras superiores ao período anterior à crise sanitária mundial. Em 2019, por exemplo, foi registrado um valor de exportação de US$ 14,60 milhões. Os números de 2022 superam os de 2019 em aproximadamente US$ 4 milhões. Houve ainda um crescimento no volume exportado. Foram 8,6 milhões de litros exportados, um aumento de 30,38%.
Mais cachaça com a retomada dos eventos
Em entrevista para a Agência Brasil, Carlos Lima, diretor executivo do Ibrac, disse que os números são resultado do retorno das atividades econômicas e a retomada dos eventos após a retração provocada pela covid-19. “Acho que isso se deve a um momento de retomada pós-pandemia. Apesar de termos tido um crescimento no ano passado, a volta efetiva dos bares e restaurantes trouxe um otimismo no mercado”, destacou.
Atualmente, a cachaça brasileira é exportada para 72 países. Os principais destinos do aguardente de cana “made in Brazil” são os Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, França e Paraguai. O ano de 2022 trouxe, inclusive, um aumento significativo na participação de alguns desses países, que até então não estavam entre os principais mercados. Portugal mais do que dobrou nos valores de cachaça importada do Brasil e a Itália teve um aumento de 180% nas cifras.
Conforme Carlos Lima, micro e pequenas empresas, inclusive, têm sido inseridas no mercado internacional com auxílio das ações de promoção da cachaça do Ibrac. O instituto quer aumentar a base exportadora e manter os bons números nos próximos anos. “O Ibrac vem ao longo dos últimos anos investindo em ações de imagem da cachaça e promoção de oportunidade da cachaça. Empresas já investem há alguns anos no mercado internacional, e agora o país está desfrutando disso”, disse.