Outras pessoas podem ser indiciadas, segundo a polícia. (Imagem: Reprodução/ Internet)
Seis pessoas foram indiciadas pela tragédia, do último sábado (01), no estádio de futebol da cidade de Malang, na Indonésia. Um tumulto entre torcedores e polícia resultou em 131 mortes, e deixou mais de 300 feridos. As informações são da agência de notícias Reuters.
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Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (06), o chefe de polícia indonésio responsável pelo caso, Listyo Sigit Prabowo, afirmou que, entre os acusados, estão três policiais responsáveis pelo uso do gás lacrimogêneo, o chefe do comitê organizador, e o chefe de segurança do clube Arema FC. Eles foram indiciados por negligência criminal com resultado morte. Prabowo disse, ainda, que outras pessoas podem ser indiciadas.
Conforme as autoridades, os responsáveis pelo clube permitiram um público maior do que a capacidade do estádio, e não cumpriram os requisitos de segurança. Ainda segundo a polícia, as saídas eram muito estreitas, e algumas estavam trancadas.
O chileno Javier Roca, técnico do clube, contou que “alguns torcedores morreram nos braços dos jogadores”. De acordo com a agência de notícias France Press, o presidente do Arema FC, Gilang Widya Pramana, se responsabilizou pelo incidente.
Como presidente do Arema FC, assumirei toda a responsabilidade do ocorrido. Peço desculpas profundas às vítimas, seus familiares, todos os indonésios e à Liga 1″, afirmou Pramana.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, determinou que cada uma das famílias das vítimas seja indenizada em 50 milhões de rúpias, o equivalente a cerca de R$ 16 mil.
No domingo (02), a FIFA se manifestou sobre a tragédia, e disse que o futebol mundial está chocado com os acontecimentos. A entidade também anunciou que todas as bandeiras dos membros da FIFA, na sede oficial em Zurique, na Suíça, ficariam a meio mastro, em homenagem a todos os que perderam a vida no episódio.
A tragédia
O tumulto começou depois que a torcida do Arema FC invadiu o gramado do estádio Karnjurhan, na cidade Malang, no leste da ilha de Java, após o time perder para o Persebaya Surabaya. A polícia tentou controlar a multidão disparando gás lacrimogêneo em direção às arquibancadas superlotadas, o que causou uma corrida desesperada de torcedores procurando por uma saída.
Segundo testemunhas, algumas pessoas correram para portões pequenos e estreitos e acabaram esmagadas ou asfixiadas pela multidão. No total, 131 pessoas morreram na tragédia, sendo 32 crianças. Dois policiais morreram. A confusão também deixou 323 feridos.
Na última segunda-feira (3), a Polícia Nacional da Indonésia destituiu o chefe da Polícia de Malang, Ferlo Hidayat, e suspendeu nove policiais. O órgão informou, ainda, que imagens das câmeras de segurança do estádio estão sendo analisadas e agentes interrogados, especialmente sobre o uso do gás de efeito moral.