Porto Alegre encaminha projeto de lei para passe livre em dias de eleições com voto obrigatório

Prefeito da Capital encaminha projeto de lei para passe livre nas eleições
No domingo (o2), o passe livre ocorreu por decisão judicial. (Imagem: Cesar Lopes/PMPA)

A Prefeitura de Porto Alegre encaminhou, nesta tarde (05), à Câmara Municipal, a proposta para incluir o passe livre, em dias de eleições com voto obrigatório, na Capital. Conforme a o projeto, serão contemplados os dias de eleições majoritárias e proporcionais, em níveis federal, estadual e municipal. Na votação do último domingo (02), o passe livre ocorreu por decisão judicial.

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Isso porque, pela nova Lei do Passe Livre, aprovada em dezembro do ano passado na Câmara Municipal, há somente duas situações para a gratuidade do transporte público em Porto Alegre: o feriado de 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes, e datas de campanhas nacionais de vacinação. Antes da mudança, o passe livre podia ocorrer até 12 vezes em um ano na Capital.

De acordo com a prefeitura, a redução na quantidade de dias faz parte do pacote de medidas proposto – e aprovado –  para manter o valor da passagem de ônibus em R$4,80, e não reajustá-la aos R$ 6,65 estimados. As providências incluíram a retirada gradativa dos cobradores, a redução à metade das isenções, e a revisão do passe livre, junto com o aporte de R$ 100 milhões pelos cofres públicos. Ainda segundo a prefeitura, o  custo é estimado de um dia de passe livre na Capital ultrapassa R$ 1 milhão.

 Passe livre no primeiro turno das eleições 2022

Os dias que antecederam a votação foram de incertezas sobre o serviço do transporte público da Capital no dia da eleição. Inicialmente, a prefeitura negou a possibilidade de conceder a gratuidade no primeiro turno (02). No entanto, após acordo com o Ministério Público, na última quinta-feira (29), foi garantido, apenas no 1º turno, o benefício para usuários necessitados. Na sexta-feira (30), atendendo a pedido da Defensoria Pública do Estado, a Justiça determinou passe livre para todos no 1º turno e, em um eventual 2º turno das eleições.

No sábado (01), véspera do pleito, o desembargador Alexandre Mussoi Moreira concedeu, à prefeitura, a restrição do benefício apenas para usuários que não tivessem condições de pagar. O município argumentou que a imposição da gratuidade resultaria em “medidas de grande complexidade a serem implementadas praticamente a 24 horas do pleito eleitoral.” Algumas horas depois, o Tribunal de Justiça do Estado garantiu o passe livre para todos, no primeiro domingo de eleições.