Em depoimento, Neymar afirma que assinava o que o pai pedia

Neymar no tribunal em Barcelona

O segundo dia de julgamento sobre possíveis irregularidades na transferência de Neymar Jr, do Santos para o Barcelona em 2013, contou com o depoimento do craque brasileiro, nesta terça-feira (18). O camisa 10 da seleção e do Paris Saint-Germain participou do início dos trabalhos na justiça espanhola, na segunda-feira (17), onde foi dispensado por fadiga. Hoje, ele declarou que somente assinava os documentos que seu pai pedia.
“Não participei das negociações. meu pai sempre cuidou disso e sempre cuidará. Assino tudo o que ele me diz para assinar”, afirmou Neymar no julgamento. Ele é acusado pela promotoria por corrupção, que pede dois anos de prisão e o pagamento de multa de R$ 51,8 milhões.

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O depoimento de Neymar no tribunal foi adiantado

O depoimento de Neymar Jr na Audiência de Barcelona foi inicialmente programado para a próxima sexta-feira (21), mas foi antecipado a pedido de seus advogados. Eles alegaram a agenda de jogos do PSG, que tem jogo pelo campeonato francês na sexta-feira. Além disso, o clube tem jogo importante pela Liga dos Campeões na próxima terça-feira.

Agora, o futebolista brasileiro não é mais obrigado a acompanhar as sessões no tribunal, mas deve ficar à disposição para novo depoimento até dia 31 de outubro, data estimada para a conclusão do processo.

Neymar no tribunal: Entenda o caso

Conforme o jornal espanhol ‘El País’, a promotoria espanhola considera que o jogador brasileiro assinou “contratos simulados com o Barça, ignorando que os direitos do jogador pertenciam ao Santos e à DIS, grupo de empresários”, em 2011. Assim, os espanhóis pedem dois anos de prisão para Neymar e também o pagamento de uma multa de mais de 50 milhões de reais.
Na investigação foi constatado que o total da transação foi de 86,2 milhões de euros, e não de 57 milhões de euros, como havia revelado o Barcelona. Nesse valor a mais, estariam pagamentos por amistosos, direitos de imagem, luvas para Neymar e comissões para agentes. A DIS argumenta que estas foram manobras para reduzir o valor de sua fatia do negócio.