Trabalhadores em situação análoga à escravidão eram pagos com pedras de crack em Taquara

Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil do RS, fez uma operação na manhã desta terça-feira (16), onde encontrou uma pedreira clandestina em que trabalhadores eram pagos com pedras de crack. O local é situado em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Segundo o delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pela investigação, os desdobramentos apontam para tráfico de drogas e trabalho análogo ao de escravidão com o pagamento sendo feito mediante entrega de pedras de crack para usuários que permaneciam no local.

Durante uma operação na área rural do município, foram encontrados três trabalhadores em alojamentos improvisados e, em seguida, resgatados. Seis pessoas foram presas, incluindo aquela que teria recrutado os homens.

Segundo o delegado Garcia Neto, os trabalhadores estavam em condições desumanas e degradantes, violando normas sanitárias, tributárias, fiscais, criminais e ambientais.

O homem identificado pela polícia como o recrutador negou estar explorando os trabalhadores e alegou pagar R$ 100 por dia a eles. Quando questionado se os trabalhadores tinham carteira assinada, ele preferiu não responder.