Foto: Tiago Coutinho / MPRS
Seis indivíduos foram condenados pela Justiça de Caxias do Sul devido ao envolvimento em um esquema de comercialização de carne de cavalo imprópria para consumo. O escândalo, revelado em 2021, chocou a região da Serra do Rio Grande do Sul, especialmente após a descoberta de que a carne era destinada a sanduíches em lanchonetes locais.
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Cinco dos réus, atualmente em liberdade, têm a opção de recorrer à decisão, enquanto um sexto réu, já falecido, teve sua punibilidade extinta. Outros quatro acusados no caso foram absolvidos.
A juíza Taise Velasquez Lopes, responsável pelo veredicto, destacou a gravidade das infrações, incluindo a formação de organização criminosa e crimes contra as relações de consumo. Os réus foram identificados como partes de uma cadeia que ia da aquisição e abate dos animais até a moagem e preparação dos hambúrgueres, sem qualquer respeito pelas normas sanitárias e de inspeção industrial.
As penas variam, com três dos réus condenados a mais de cinco anos de reclusão por múltiplos crimes, incluindo a fabricação de substância alimentícia corrompida. Outros dois réus receberam cinco anos de prisão por crimes semelhantes. A sentença também impõe restrições aos condenados, proibindo-os de exercerem atividades econômicas no setor alimentício.
- Eduardo Mezzomo, Alexandre Gedoz e Daniel Gnoatto – Cinco anos, quatro meses e 24 dias de reclusão, pelos crimes de organização criminosa, entrega e venda de mercadoria em condições impróprias para o consumo (2x), obter e entregar matéria-prima em condições impróprias ao consumo e fabricar substância alimentícia corrompida e nociva à saúde.
- Marcos André de Bortoli e Ismael Lima – Cinco anos de reclusão, pelos crimes de organização criminosa e obter e entregar matéria prima em condições impróprias ao consumo e fabricar substância alimentícia corrompida e nociva à saúde
- Reny Mezzomo – Já falecido, teve extinta a punibilidade
A defesa dos réus apresentou reações variadas à decisão, com alguns optando por não comentar e outros considerando a possibilidade de apelação. A decisão judicial reafirma o compromisso das autoridades com a segurança alimentar e a saúde pública, destacando as consequências legais de violações graves à legislação vigente.