Julia Prado/Ministério da Saúde
Nesta sexta-feira, Dia Mundial de Prevenção ao HIV, o Ministério da Saúde lançou o Boletim Epidemiológico que avalia a situação das infecções por HIV em cidades, estados e regiões do Brasil. Infelizmente, Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, emerge como um ponto crítico na luta contra o HIV, apresentando os piores números de detecção em todo o país.
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Entre os anos de 2018 e 2022, um índice composto, que leva em consideração taxas e variações médias de sete outros índices populacionais, coloca o Estado do Rio Grande do Sul entre os piores do Brasil. Porto Alegre lidera em termos de mortalidade causada pelo HIV entre as capitais, com um coeficiente padronizado de 23,8, quase seis vezes maior que o coeficiente nacional de 4,1. O estado do Rio Grande do Sul também registrou um índice preocupante, com 7,3 mortes a cada 100 mil habitantes em 2022.
Em 2022, a taxa de detecção de AIDS aumentou em 20 estados, com os estados de Roraima, Amazonas, Pará, Santa Catarina, Amapá, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Mato Grosso apresentando as maiores taxas.
O Rio Grande do Sul também lidera em casos de HIV entre gestantes e puérperas, com uma média de 7,9 gestantes infectadas por HIV a cada 1.000 nascidos vivos. Isso representa um aumento de 163% em relação à média nacional, que é de cerca de 3 gestantes por 1.000 nascidos vivos. Embora tenha havido uma queda notável nos números, a região sul ainda registra a maior média nacional de gestantes infectadas por HIV.
Quando se trata de crianças expostas ao HIV, o Rio Grande do Sul é líder em notificações, representando 19,8% do total de casos, seguido por São Paulo (14,5%) e Rio de Janeiro (11,0%).
Além disso, o Estado está entre os piores na detecção de AIDS entre menores de 5 anos, com 4,4 casos por 100 mil habitantes, ficando logo atrás de Roraima, que apresenta 4,8 casos. Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, também se destaca negativamente nesse aspecto, com 13 casos, superando Florianópolis e Recife.