Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional
A Corregedoria-Geral da Brigada Militar está conduzindo uma investigação para examinar a conduta de policiais envolvidos na detenção de uma torcedora do Internacional no estádio Beira-Rio, momentos antes do jogo contra o Fluminense, na última quarta-feira (4). A informação foi inicialmente divulgada por GZH.
A torcedora alega ter sido agredida por policiais militares durante uma abordagem em meio a um tumulto próximo ao portão 7 do estádio. Ela afirma ter recebido um golpe no braço direito após desobedecer uma orientação policial para deixar o local. Ao GZH, ela afirmou que se perdeu dos amigos. “Enquanto procurava por eles, um policial me pediu para sair, alegando perigo. Respondi que pretendia ficar, e foi então que o policial tocou meu peito, aparentemente para cobrir a câmera, girou meu braço e me derrubou no chão.”
Após cair, a torcedora afirma que foi levada para um local isolado e questionada com frases como “Já foi fichada?” e “Agora vai ser“. Ela foi posteriormente encaminhada ao Juizado do Torcedor (Jecrim) do estádio, onde permaneceu durante a madrugada. No dia seguinte, ela registrou um Boletim de Ocorrência e passou por exames, este que não apontaram fraturas no braço direito, mas sim um possível edema.
O Jecrim solicitou ao Inter as imagens da ocorrência para serem incluídas no processo. Já a audiência está marcada para dezembro. Segundo o processo, a detenção foi justificada como desacato, mencionando que a suspeita proferiu ofensas, incluindo palavras de baixo calão.
O 1ºBPChq emitiu uma declaração sobre o caso, relatando que a mulher foi segurada pelo braço durante a abordagem. De acordo com o comunicado, a torcedora recebeu orientações para permanecer em uma área segura devido a alguns torcedores estarem arremessando garrafas. A princípio, ela acatou a ordem, mas posteriormente retornou ao mesmo local e teria desacatado o policial que a orientava, resultando na intervenção de outro policial que a segurou pelo braço.