Foto: Agência Brasil
A primavera de 2023 começará às 3h50 deste sábado (23). O fato é motivo de comemoração para muitos que não gostam do inverno, mas que preocupação pois a nova estação traz consigo previsão de mais chuva para o Rio Grande do Sul. O Estado ainda se recupera da enchente dos primeiros dias de setembro e conta com cidades registrando chuva ininterrupta.
Segundo a MetSul Meteorologia, neste ano, a primavera será influenciada pelo El Niño, que se apresenta como o mais forte desde 2015. Durante o inverno, o fenômeno já mostrou intensidade moderada a forte, e à medida que a primavera avança, espera-se que ele se intensifique ainda mais, podendo atingir uma intensidade forte a muito forte até o final do ano.
A previsão para a estação é de chuvas acima ou muito acima da média na maior parte do Sul do Brasil. Espera-se um padrão semelhante ao observado nos anos de 1997, 2009 e 2015, com grandes volumes de chuva, especialmente no RS, onde alguns meses podem ter até o dobro ou triplo da precipitação média histórica mensal.
O estado terminará setembro com níveis de chuva excepcionalmente elevados, resultando em níveis de rios acima ou muito acima do normal. A primavera mais chuvosa e com excesso de precipitação aumenta significativamente os riscos de inundações, com a possibilidade de enchentes de grande proporção, principalmente na região oeste do estado.
À medida que a primavera avança, a frequência de dias quentes aumenta, enquanto os dias frios diminuem. O início da estação ainda apresenta temperaturas amenas, com possíveis dias de frio, mas o final da primavera já traz um padrão típico de verão. Novembro e dezembro serão meses com calor intenso.
A estação ainda apresenta o risco de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, que em alguns casos podem ser intensos, provocando ventos fortes e ressacas na costa gaúcha. Com o El Niño, no entanto, o risco desses ciclones é menor na primavera, pois o predomínio de ar quente nas latitudes médias resultará em menos contrastes com massas de ar frio, o que é necessário para formar ciclones.